quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Zerando os contadores

FOTO PAULO FRANCO

Um segundo estrondoso
que me valha insistir...

Qual navalha
que à carne serve
verve ao despertar.

Sou magnólia tocada pelo vento,
esquife da minha agonia
à espera do jardineiro
para enfim poder sorrir.

Não, ainda não
estou pronta para desistir.

Ainda tenho escroto
mesmo tendo sido
castrada ao renascer,
ao me parir fêmea,
minha mãe.

Tenho nas mãos
atadas pela cinesia
intermitente da vida
a chave do tempo.

Meu tempo.

Descobrir...

Malu Sant’Anna

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